quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Penso muito no que desejo no momento.
Nas coisas que me faltam, que me sobram e pra onde quero seguir.
Anotei que tenho que descobrir como seguir.
Mas anotei antes que preciso saber pra onde quero ir.

O peso das pessoas, os vazios em mim.
Enquanto as notas de piano caem pela parede.
A inquietude reina em meu peito.
O encômodo perdura sobre meus braços.

Penso se tenho, fui, ou sou a mais.
Ou talvez um grande vazio onde apenas alguns matos são levados pelo vento, de um lado ao outro.

Possuo medo. Muito medo.
De me perder ou de me perderem.

Separações e junções são sempre atitudes densas.
Não gosto de densidade corporal em mim.

Refugio-me e alcanço calma enquanto saio correndo.
Enquanto esgarço as palavras.
Tenho a sensação de que ninguém pode me alcançar.
Quando aterrizo, desejo intensamente ter pernas mais fortes e pulmão mais saudável.
Pra correr atrás de motivação.

Ou eu deveria cavar dentro de mim?

Sinto falta.
Sinto medo e sono.
Como se ás vezes eu vagasse sem rumo certo á mercê.

Preciso encontrar respostas.
Preciso alcançar, sentir, sentar de frente comigo mesma.
Conversar com meu eu que está distante.
Não sei se aqui, quem sabe longe seria melhor.

Ou ainda quem sabe se eu me devorasse.






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