Potencialmente irritada, muito irritada.
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sábado, 28 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
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Porra, vi um filme lírico agora.
O Homem que Desafiou o Diabo.
Caiu como uma luva num dia apagado como o de hoje.
Engraçado, colorido, bonito, corajoso, engraçado de novo.
"Zé Araújo (Marcos Palmeira) é um homem boêmio, que gosta de frequentar cabarés e ouvir cantadores de viola. Após tirar a virgindade de uma turca, ele é obrigado pelo pai dela a se casar. Durante anos Zé passa por seguidas humilhações, provocadas por sua esposa. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele se revolta, destrói o armazém do sogro e ainda dá uma surra na esposa. Ao terminar ele monta em seu cavalo e parte sem destino, decidido a ter uma vida de aventuras. A partir deste dia Zé Araújo passa a ser conhecido como Ojuara, enfrentando inimigos e vivendo situações inusitadas."
O Homem que Desafiou o Diabo.
Caiu como uma luva num dia apagado como o de hoje.
Engraçado, colorido, bonito, corajoso, engraçado de novo.
"Zé Araújo (Marcos Palmeira) é um homem boêmio, que gosta de frequentar cabarés e ouvir cantadores de viola. Após tirar a virgindade de uma turca, ele é obrigado pelo pai dela a se casar. Durante anos Zé passa por seguidas humilhações, provocadas por sua esposa. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele se revolta, destrói o armazém do sogro e ainda dá uma surra na esposa. Ao terminar ele monta em seu cavalo e parte sem destino, decidido a ter uma vida de aventuras. A partir deste dia Zé Araújo passa a ser conhecido como Ojuara, enfrentando inimigos e vivendo situações inusitadas."
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
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Aquele que não tem com o que comprar uma ilha
Aquele que espera a rainha de sabá na frente de um cinema
Aquele que rasga de raiva e desespero sua última camisa
Aquele que esconde um dobrão de ouro no sapato furado
Aquele que olha nos olhos duros do chantagista
Aquele que range os dentes nos carrocéis
Aquele que derrama vinho rubro na cama sórdida
Aquele que toca fogo em cartas e fotografias
Aquele que vive sentado nas docas debaixo das gaivotas
Aquele que alimenta os esquilos
Aquele que não tem um centavo
Aquele que observa
Aquele que dá socos na parede
Aquele que grita
Aquele que bebe
Aquele que não faz nada
Meu inimigo
Debruçado sobre o balcão
Na cama em cima do armário
No chão por toda parte
Agachado
Olhos fixos em mim
Meu irmão
Arnaldo Antunes .. Hotel Fraternité.
Aquele que espera a rainha de sabá na frente de um cinema
Aquele que rasga de raiva e desespero sua última camisa
Aquele que esconde um dobrão de ouro no sapato furado
Aquele que olha nos olhos duros do chantagista
Aquele que range os dentes nos carrocéis
Aquele que derrama vinho rubro na cama sórdida
Aquele que toca fogo em cartas e fotografias
Aquele que vive sentado nas docas debaixo das gaivotas
Aquele que alimenta os esquilos
Aquele que não tem um centavo
Aquele que observa
Aquele que dá socos na parede
Aquele que grita
Aquele que bebe
Aquele que não faz nada
Meu inimigo
Debruçado sobre o balcão
Na cama em cima do armário
No chão por toda parte
Agachado
Olhos fixos em mim
Meu irmão
Arnaldo Antunes .. Hotel Fraternité.
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Eu tenho um problema maluco de intensidade.
Não gosto das coisas pela metade, de ameaças e não fatos, de limites impostos.
Há dias que eu acordo com essa sensação latente em mim.
Como se o tempo todo houvesse uma voz que fica me dizendo: "vai atrás, sai fora .. é só dar dois passos e você chega lá".
Inclusive pras coisas mais mirabolantes que minha cabeça me propõe.
Não costumo me poupar quando quero fazer alguma coisa.
Eu definiria o ápice desses momentos como hedonismo puro.
É algo como ser livre demais, tendo isso como um fato delicioso e arriscadamente imutável.
Aí no final eu saio de mim, olho pra minha cara e digo:
"Maria devora a si mesma .."
Não gosto das coisas pela metade, de ameaças e não fatos, de limites impostos.
Há dias que eu acordo com essa sensação latente em mim.
Como se o tempo todo houvesse uma voz que fica me dizendo: "vai atrás, sai fora .. é só dar dois passos e você chega lá".
Inclusive pras coisas mais mirabolantes que minha cabeça me propõe.
Não costumo me poupar quando quero fazer alguma coisa.
Eu definiria o ápice desses momentos como hedonismo puro.
É algo como ser livre demais, tendo isso como um fato delicioso e arriscadamente imutável.
Aí no final eu saio de mim, olho pra minha cara e digo:
"Maria devora a si mesma .."
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Seu amigo passa na primeira fase da Uel, te liga louco com outros amigos chamando pra ficar mais louco ainda.
Uahuahauha .. tijolos quebrados por um bêbado vestibulando, rolê de bar em bar, garoa, pessoas .. tem coisas que só mastercard faz por você.
Não nasci pra ficar em casa, não sou quieta, definitivamente eu gosto de sentir.
Sempre muito bom.
Trabalhar hoje foi caótico. He.
Uahuahauha .. tijolos quebrados por um bêbado vestibulando, rolê de bar em bar, garoa, pessoas .. tem coisas que só mastercard faz por você.
Não nasci pra ficar em casa, não sou quieta, definitivamente eu gosto de sentir.
Sempre muito bom.
Trabalhar hoje foi caótico. He.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
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Puta que pariu, sabe que trabalhar oito horas no sábado, ao invés de quatro, aliás, na verdade ao invés de nenhuma por que não era minha semana, e saber que NO PRÓXIMO sábado eu vou ter que trabalhar de novo, me deixa cansada desde o começo da semana?
Dá a impressão que eu não tive final de semana, parece que não teve intervalo, e me sinto irritadíssima.
É segunda feira e eu já tô contando no dedo pra semana acabar.
Não é questão de reclamar demais, de não dar valor, de ser folgada, ou o que quer que seja.
Eu sei que trabalho pouco, que não ganho uma miséria pra isso, que tenho sorte com as pessoas que trabalham comigo, e etc e tal.
Mas a questão é que eu tô cansada pra caralho, estressada, e que esse trampo, mizifi, pra gostar, só sendo alucinado e sem noção do que é bom.
Preciso de um emprego cujo qual eu goste do que eu faço, e antes disso preciso de férias.
Raiva desse jeito não há pintura que resolva.
Magritte.
Dá a impressão que eu não tive final de semana, parece que não teve intervalo, e me sinto irritadíssima.
É segunda feira e eu já tô contando no dedo pra semana acabar.
Não é questão de reclamar demais, de não dar valor, de ser folgada, ou o que quer que seja.
Eu sei que trabalho pouco, que não ganho uma miséria pra isso, que tenho sorte com as pessoas que trabalham comigo, e etc e tal.
Mas a questão é que eu tô cansada pra caralho, estressada, e que esse trampo, mizifi, pra gostar, só sendo alucinado e sem noção do que é bom.
Preciso de um emprego cujo qual eu goste do que eu faço, e antes disso preciso de férias.
Raiva desse jeito não há pintura que resolva.
Magritte.
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Sou assim mesmo.
Quieta, moro em mim, mal humorada, de poucas palavras.
Todo dia sou assim.
Gosto de ficar sozinha, faço questão de controlar meu tempo.
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Quieta, moro em mim, mal humorada, de poucas palavras.
Todo dia sou assim.
Gosto de ficar sozinha, faço questão de controlar meu tempo.
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domingo, 22 de novembro de 2009
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Final de semana foi massa, aniversário de primo de sempre é legal. Sempre vira festa.
Deu pra rir bastante, nadar, tomar bastante cerveja, ver pessoas, até o rango vegetariano na churrasqueira deu certo.
Ontem "esqueci" que estou meio doente e hoje milagrosamente não acordei pior, hehe.
Gosto da chácara, gosto quando vamos lá, quando ficamos por lá.
Só no final do domingo que a coisa aperta um pouco .. ás vezes é meio triste comer pizza e ver tv sozinha.
Mas anyway, cada um saber a dor e a delícia de ser quem se é.
Tô indo pintar enquanto a pizza não chega.
Deu pra rir bastante, nadar, tomar bastante cerveja, ver pessoas, até o rango vegetariano na churrasqueira deu certo.
Ontem "esqueci" que estou meio doente e hoje milagrosamente não acordei pior, hehe.
Gosto da chácara, gosto quando vamos lá, quando ficamos por lá.
Só no final do domingo que a coisa aperta um pouco .. ás vezes é meio triste comer pizza e ver tv sozinha.
Mas anyway, cada um saber a dor e a delícia de ser quem se é.
Tô indo pintar enquanto a pizza não chega.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
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Ok, a gripe me venceu.
Vou ficar de molho com as cachorras .. ou amanhã eu não sobrevivo.
Juro que não durmo mais com aquela tralha barulhenta e empoeirada, vulgo ventilador em cima de mim.
AH.
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Vou ficar de molho com as cachorras .. ou amanhã eu não sobrevivo.
Juro que não durmo mais com aquela tralha barulhenta e empoeirada, vulgo ventilador em cima de mim.
AH.
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Ah .. sexta feira.
E amanhã eu trabalho das 8 as 15h.
É isso aí, FLIPER.
Gripada, fudida, ferrada.
É isso aí FLIPER.
Sem paciência pra NADA.
Hoje preciso tomar uma cerveja.
Aliviar um pouco a cabeça.
E amanhã eu trabalho das 8 as 15h.
É isso aí, FLIPER.
Gripada, fudida, ferrada.
É isso aí FLIPER.
Sem paciência pra NADA.
Hoje preciso tomar uma cerveja.
Aliviar um pouco a cabeça.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
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Velho, esse calor do caralho me dá uma preguiça filha da puta.
Dá preguiça de tomar banho, de comer, de acordar, e não dá pra dormir direito.
Tô precisando de férias.
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Dá preguiça de tomar banho, de comer, de acordar, e não dá pra dormir direito.
Tô precisando de férias.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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Eu sou assim, roubo toda a cebola da bacia da salada de alface.
Salada pra mim tem que ter bastante cebola, ser temperada com alho e ter ajinomoto por cima.
Acho engraçado como numa época do ano vestimos roupas grandes, e em outra, só de vê-las já dá arrepio.
Ás vezes tenho vontade me obrigar a andar de blusa de frio em um calor como o de hoje, só pra ver como me sinto.
Pra tentar digerir algo maluco, como "se eu quero me esquentar no inverno, que eu não desdenhe da roupa enquanto não preciso dela".
Tava pensa ainda há pouco que ás vezes eu não tenho muito juízo.
Talvez frequentemente.
Eu poderia fazer hora extra pra ganhar mais, mas o dia que eu não tô nem um pouco a fim, eu viro as costas e venho pra casa pintar e dormir.
Vale mais pra mim.
Mas dinheiro também vale, e eu não deveria me deixar tão solta assim pra optar sempre.
Meu sorvete de palito preferido é o de menta.
Tô indo comer um, e depois dormir.
Descansar pra ir a noite no Sesc.
Que eu pensei ontem que tô com vontade ir.
Salada pra mim tem que ter bastante cebola, ser temperada com alho e ter ajinomoto por cima.
Acho engraçado como numa época do ano vestimos roupas grandes, e em outra, só de vê-las já dá arrepio.
Ás vezes tenho vontade me obrigar a andar de blusa de frio em um calor como o de hoje, só pra ver como me sinto.
Pra tentar digerir algo maluco, como "se eu quero me esquentar no inverno, que eu não desdenhe da roupa enquanto não preciso dela".
Tava pensa ainda há pouco que ás vezes eu não tenho muito juízo.
Talvez frequentemente.
Eu poderia fazer hora extra pra ganhar mais, mas o dia que eu não tô nem um pouco a fim, eu viro as costas e venho pra casa pintar e dormir.
Vale mais pra mim.
Mas dinheiro também vale, e eu não deveria me deixar tão solta assim pra optar sempre.
Meu sorvete de palito preferido é o de menta.
Tô indo comer um, e depois dormir.
Descansar pra ir a noite no Sesc.
Que eu pensei ontem que tô com vontade ir.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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Silêncio.
Preciso morrer.
Já morri algumas vezes, á tempos que não.
Às vezes é preciso, é preciso morrer para viver.
Ando com saudade de Deus.
Clarice.
Preciso morrer.
Já morri algumas vezes, á tempos que não.
Às vezes é preciso, é preciso morrer para viver.
Ando com saudade de Deus.
Clarice.
sábado, 14 de novembro de 2009
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Faltei no trampo, passei a tarde pintando, passei com a minha mãe, dei banho nas cachorras, to comendo pizza e ouvindo Secos e Molhados, mais tarde vou encontrar camaradas e tomar cerveja.
É, não falta muita coisa.
É, não falta muita coisa.
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Ontem lembrei do que o Mário escreveu no blog dele, e que parece que saiu de mim.
Chega um certo horário da madrugada, que a gente fica bêbado e carente, e começa a ligar pras pessoas.
Ainda bem que ontem eu estava com dois puta amigos, e que tinha esquecido meu celular em casa.
Chega um certo horário da madrugada, que a gente fica bêbado e carente, e começa a ligar pras pessoas.
Ainda bem que ontem eu estava com dois puta amigos, e que tinha esquecido meu celular em casa.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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Assim, eu em minha companhia.
Que me dá tempo, que eu observo, que eu sinto, que eu respiro, que eu vivo.
Que me dá tempo, que eu observo, que eu sinto, que eu respiro, que eu vivo.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
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Mas QUE SACO ter que ir dormir cedo.
Não, eu não nasci pra acordar cedo.
Não fico de bom humor, não funciono, detesto, minha cara fica inchada, fico espirrando, o olho fica pequeno, fico de mal humor de novo, morrendo de sono, me arrastando, cheia de dor, eu não gosto de acordar cedo.
Nem de dormir cedo por que eu ainda estou funcionando, fico tentando obrigar meu corpo a desligar, enquanto minha cabeça fica produzindo, enquanto eu fico com vontade acordar e voltar a pintar o que eu tava pintando, me dá vontade escrever, ler, ouvir música, desenhar, fumar um cigarro, sair correndo.
Preciso de férias de cinco meses.
Não, eu não nasci pra acordar cedo.
Não fico de bom humor, não funciono, detesto, minha cara fica inchada, fico espirrando, o olho fica pequeno, fico de mal humor de novo, morrendo de sono, me arrastando, cheia de dor, eu não gosto de acordar cedo.
Nem de dormir cedo por que eu ainda estou funcionando, fico tentando obrigar meu corpo a desligar, enquanto minha cabeça fica produzindo, enquanto eu fico com vontade acordar e voltar a pintar o que eu tava pintando, me dá vontade escrever, ler, ouvir música, desenhar, fumar um cigarro, sair correndo.
Preciso de férias de cinco meses.
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Tentando reeducar minha alimentação.
Cortar, novamente, os vícios do paladar.
Os queijos excessivos, as frituras, e etc .. só não tenho treta com doce, ainda bem. Meio caminho andado.
E voltando a se mecher ..
Cortar, novamente, os vícios do paladar.
Os queijos excessivos, as frituras, e etc .. só não tenho treta com doce, ainda bem. Meio caminho andado.
E voltando a se mecher ..
sábado, 7 de novembro de 2009
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Do túnel do tempo, de 2006.
Sinto esses escritos como se tivessem sido criados hoje.
Eu sei que algum sorriso que eu sorri vai ficar perdido no espaço.
Que algum lugar em que eu passei, não voltarei a passar.
Que alguém que eu vi ontem, ficarei meses sem ver, até receber a notícia de que a pessoa teve um filho ou morreu.
Tenho a constante inconstante de não demonstrar o que sinto, por essas fatalidades que de tempos em tempos acontecem.
Mas sinto tanto, a todo o momento que seria impossível demonstrar ao certo o que se passa.
Sinto tanto, que me deixo paralisar.
Sinto medo, sei dos perigos que me esperam lá fora, sei das minhas fraquezas aqui dentro, então me paraliso.
E vou passando pelos dias numa espécie de piloto automático, diariamente tentando esconder de mim mesma que tanto sinto e pouco faço.
Tentando esconder de mim mesma que estou perdendo tempo, que estou vendo a vida escorrer na minha frente, e por covardia não molho mais que meus pés.
Sinto cada acorde de uma música, vejo cada tonalidade de uma planta, capto cada movimento de um animal.
Sei descritivamente cada coisa que passa aqui dentro, o porquê das minuciosas questões.
Cada minuto de saudades que sinto, é como se fosse o dobro.
Não sei viver sem sentir saudades, não sei viver sem lembrar, guardar e reviver dentro de mim os momentos e os seres.
A saudade é minha forma de amor.
Delicada, discreta, bela, rara e intensa.
Sinto saudades da semana passada, do dia de ontem. De hoje de manhã, do que nem aconteceu ainda.
Sou castrada pela saudade.
Amo cada segundo daquelas fragrâncias que só eu sinto o perfume.
Amo secretamente, por que assim ninguém destrói o amor e eu tenho todo o tempo do mundo para respirá-lo.
Há coisas que existem para mim, que são segredos.
Na verdade ás vezes eu acho que sou como um segredo.
Como uma fragrância que poucos sentem o cheiro.
Não necessariamente algo belo, fascinante e valioso, mas na minha individualidade existencial, um segredo.
Que no geral não faz questão de ser desvendado.
E nem exposto.
É que polegares opositores são complicados para mim, eles podem furar meus olhos, podem mandar o dedo indicador ser apontado na minha cara, sabe como é.
E eu já nasci com dois, já é conflito suficiente.
Creio que as quatro patas compensem mais, creio que elas sejam mais verdades.
Sempre me questionam o porquê de Mulher Mosca.
E aconteceu uma vez, de antes de qualquer explicação da minha parte, ele dizer: “Mulher Mosca .. Mulher que sai de casa voando. Mulher que é mais sensível que uma Mosca. “
Eu me surpreendi, mas ele me faz parte, então me embriago com essas palavras.
Borboleta selvagem e sensível.
Ego, tão grande e ás vezes não existe.
Diariamente me confundo dentro de mim mesma.
A cada esquina que dobro dou de cara com alguém novo.
A cada momento alguma criação desabrocha e alguma se muda.
Dentro de mim nasço e morro diariamente, sofro e contemplo meus partos.
Maria devora-se a si mesma.
Sinto esses escritos como se tivessem sido criados hoje.
Eu sei que algum sorriso que eu sorri vai ficar perdido no espaço.
Que algum lugar em que eu passei, não voltarei a passar.
Que alguém que eu vi ontem, ficarei meses sem ver, até receber a notícia de que a pessoa teve um filho ou morreu.
Tenho a constante inconstante de não demonstrar o que sinto, por essas fatalidades que de tempos em tempos acontecem.
Mas sinto tanto, a todo o momento que seria impossível demonstrar ao certo o que se passa.
Sinto tanto, que me deixo paralisar.
Sinto medo, sei dos perigos que me esperam lá fora, sei das minhas fraquezas aqui dentro, então me paraliso.
E vou passando pelos dias numa espécie de piloto automático, diariamente tentando esconder de mim mesma que tanto sinto e pouco faço.
Tentando esconder de mim mesma que estou perdendo tempo, que estou vendo a vida escorrer na minha frente, e por covardia não molho mais que meus pés.
Sinto cada acorde de uma música, vejo cada tonalidade de uma planta, capto cada movimento de um animal.
Sei descritivamente cada coisa que passa aqui dentro, o porquê das minuciosas questões.
Cada minuto de saudades que sinto, é como se fosse o dobro.
Não sei viver sem sentir saudades, não sei viver sem lembrar, guardar e reviver dentro de mim os momentos e os seres.
A saudade é minha forma de amor.
Delicada, discreta, bela, rara e intensa.
Sinto saudades da semana passada, do dia de ontem. De hoje de manhã, do que nem aconteceu ainda.
Sou castrada pela saudade.
Amo cada segundo daquelas fragrâncias que só eu sinto o perfume.
Amo secretamente, por que assim ninguém destrói o amor e eu tenho todo o tempo do mundo para respirá-lo.
Há coisas que existem para mim, que são segredos.
Na verdade ás vezes eu acho que sou como um segredo.
Como uma fragrância que poucos sentem o cheiro.
Não necessariamente algo belo, fascinante e valioso, mas na minha individualidade existencial, um segredo.
Que no geral não faz questão de ser desvendado.
E nem exposto.
É que polegares opositores são complicados para mim, eles podem furar meus olhos, podem mandar o dedo indicador ser apontado na minha cara, sabe como é.
E eu já nasci com dois, já é conflito suficiente.
Creio que as quatro patas compensem mais, creio que elas sejam mais verdades.
Sempre me questionam o porquê de Mulher Mosca.
E aconteceu uma vez, de antes de qualquer explicação da minha parte, ele dizer: “Mulher Mosca .. Mulher que sai de casa voando. Mulher que é mais sensível que uma Mosca. “
Eu me surpreendi, mas ele me faz parte, então me embriago com essas palavras.
Borboleta selvagem e sensível.
Ego, tão grande e ás vezes não existe.
Diariamente me confundo dentro de mim mesma.
A cada esquina que dobro dou de cara com alguém novo.
A cada momento alguma criação desabrocha e alguma se muda.
Dentro de mim nasço e morro diariamente, sofro e contemplo meus partos.
Maria devora-se a si mesma.
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Escrevo o que me passa pela cabeça no intuito de documentar idéias, para no dia em que eu me perder, seja possível me puxar de volta.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
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All i need, is love, and peace.
[and time, and sleep, and smile, and hugs, and kisses, and beers, and cigarretes, and wind, and music, and liberty, and travel, and friends, and art, and beach ..]
All i need is love.
[and time, and sleep, and smile, and hugs, and kisses, and beers, and cigarretes, and wind, and music, and liberty, and travel, and friends, and art, and beach ..]
All i need is love.
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Fatos:
1- Quando eu construir uma casa, se eu tiver cacife [em vários sentidos], eu vou construir uma privada do tipo fossa.
Funda pacas, vc defeca, urina, sei lá, e joga serragem por cima.
Não fede, com o tempo vira adubo.
É ecológico e tal, econômico.
Fora que, posição melhor que de cóquis, pra cagar, pra mim não tem.
2- Ontem cancelei a tv a cabo.
Sabe, não sou viciada em tv, ou era menos do que imaginava.
Mas que estou sentindo falta da Discovery e companhia, e de Simpsons, tô pra caralho.
Fora a comodidade de mudar o canal, acessar a sinopese do que tá passando, trombar uns filmes .. a nitidez da imagem ..
E que tv aberta é uma merda, perigoso o tempo todo você cair numa presepada e ficar vendo lixo, isso é.
3- To gorda e barriguda.
[deve ter sido muita observação do Homer ..]
1- Quando eu construir uma casa, se eu tiver cacife [em vários sentidos], eu vou construir uma privada do tipo fossa.
Funda pacas, vc defeca, urina, sei lá, e joga serragem por cima.
Não fede, com o tempo vira adubo.
É ecológico e tal, econômico.
Fora que, posição melhor que de cóquis, pra cagar, pra mim não tem.
2- Ontem cancelei a tv a cabo.
Sabe, não sou viciada em tv, ou era menos do que imaginava.
Mas que estou sentindo falta da Discovery e companhia, e de Simpsons, tô pra caralho.
Fora a comodidade de mudar o canal, acessar a sinopese do que tá passando, trombar uns filmes .. a nitidez da imagem ..
E que tv aberta é uma merda, perigoso o tempo todo você cair numa presepada e ficar vendo lixo, isso é.
3- To gorda e barriguda.
[deve ter sido muita observação do Homer ..]
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
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Acabei de ler no blog do Mário Bortolotto uma coisa que caiu como uma luva.
Eu sou o tipo de pessoa que gosta de ficar sozinha à tarde, mas quando chega à noite, liga pros amigos e vai pro bar.
Sim, acho que a tarde é o meu tempo, é onde eu estico as pernas pro alto, coço o saco, bocejo, vejo um filme, ouço música, ou durmo.
Acho que pelo fato de que à tarde, tudo ao meu redor está acontecendo, as pessoas vão e vem, estão em movimento, eu me sinto completamente à vontade em não me movimentar em quase nada.
Não vai fazer falta.
Pra eu me movimentar à tarde, tem que haver um bom motivo.
E quando chega a noite, parece começa a ventar dentro de mim.
Por que é aí que as pessoas param, é aí que o movimento diminui, e eu resolvo levantar.
É até como um vampiro que abre a tampa do seu caixão, e quando a noite cai, levanta triunfante pra poder respirá-la.
Não que eu seja triunfante, não toda noite ..
Não gosto de ficar sozinha, geralmente gosto de ir pro bar ou de encher a casa de amigos.
Fico bêbada pra caralho, e fico dizendo pros meus amigos um monte de merda.
Acho que eu fico infernal. Sentimentalmente infernal.
Bêbada e querendo expressar em uma noite o que tá guardado faz tempo.
No geral, a ação da noite é menor, então há mais tempo e espaço para que eu me levante do colchão.
Sinto-me responsável por sair por aí, lamuriando as dores do meu coração, rindo das boas coisas, gastando todo meu dinheiro em cerveja.
Mesmo que na hora de dormir, eu durma chorando baixinho de solidão.
É um ciclo.
Aí eu acordo sempre de mau humor, "durmo" até as dez, a não ser que eu me dope de café ou maçãs [mas não tem adiantado muito, parei e me rendi ao sono mesmo], começo a acordar as onze, e penso: "porra, mas que cagada eu fiz ontem. falei o que não devia pras pessoas .. por que diabos eu não me contenho?".
Mas aí logo depois eu penso "foda-se, eu não vou parar de beber".
Já chega a tentativa de parar de fumar, que tá me deixando irritadíssima.
Então é isso aí.
Hoje é quarta, estou pensando racionalmente em não beber, mas certamente eu vou pro bar, e se não for, ficarei de mau humor por que não fui.
Eu sou o tipo de pessoa que gosta de ficar sozinha à tarde, mas quando chega à noite, liga pros amigos e vai pro bar.
Sim, acho que a tarde é o meu tempo, é onde eu estico as pernas pro alto, coço o saco, bocejo, vejo um filme, ouço música, ou durmo.
Acho que pelo fato de que à tarde, tudo ao meu redor está acontecendo, as pessoas vão e vem, estão em movimento, eu me sinto completamente à vontade em não me movimentar em quase nada.
Não vai fazer falta.
Pra eu me movimentar à tarde, tem que haver um bom motivo.
E quando chega a noite, parece começa a ventar dentro de mim.
Por que é aí que as pessoas param, é aí que o movimento diminui, e eu resolvo levantar.
É até como um vampiro que abre a tampa do seu caixão, e quando a noite cai, levanta triunfante pra poder respirá-la.
Não que eu seja triunfante, não toda noite ..
Não gosto de ficar sozinha, geralmente gosto de ir pro bar ou de encher a casa de amigos.
Fico bêbada pra caralho, e fico dizendo pros meus amigos um monte de merda.
Acho que eu fico infernal. Sentimentalmente infernal.
Bêbada e querendo expressar em uma noite o que tá guardado faz tempo.
No geral, a ação da noite é menor, então há mais tempo e espaço para que eu me levante do colchão.
Sinto-me responsável por sair por aí, lamuriando as dores do meu coração, rindo das boas coisas, gastando todo meu dinheiro em cerveja.
Mesmo que na hora de dormir, eu durma chorando baixinho de solidão.
É um ciclo.
Aí eu acordo sempre de mau humor, "durmo" até as dez, a não ser que eu me dope de café ou maçãs [mas não tem adiantado muito, parei e me rendi ao sono mesmo], começo a acordar as onze, e penso: "porra, mas que cagada eu fiz ontem. falei o que não devia pras pessoas .. por que diabos eu não me contenho?".
Mas aí logo depois eu penso "foda-se, eu não vou parar de beber".
Já chega a tentativa de parar de fumar, que tá me deixando irritadíssima.
Então é isso aí.
Hoje é quarta, estou pensando racionalmente em não beber, mas certamente eu vou pro bar, e se não for, ficarei de mau humor por que não fui.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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Existem algumas coisas, na verdade muitas, que eu tenho sincera vontade vomitar.
Como não dá pra vomitar na cara das pessoas, ou por que elas estão longe, ou por que são muitas, ou por que aturar Zé moralzinha depois é foda, enfim, dane-se o motivo, me surge a vontade vomitar tudo aqui.
Aliás, notei que o fato não é que parei de escrever, mas sim por que as coisas que tenho escrito são pessoais e diretas demais.
Tem bastante coisa que se eu publicar, vai na bagagem partes de mim impublicáveis ou acabo por agredir algumas pessoas.
Quando eu era mais nova me perguntava, mesmo sabendo que a resposta é não, se esse lance de escrever coisas que tem de serem mantidas em quietas, era uma fase.
Fase o cacete, eu sou assim.
Aliás, acho que eu sou assim no geral.
Meio impublicável ..
Mas como eu sou um ser humano, que tem voz própria e falante, vivo arranjando confusão.
[Nota: analisando pelo raciocínio da maioria das pessoas, só falta eu começar a publicar as intempéries, daí fodeu de vez, interna].
Agora passei dessa fase de achar que isso é temporário, e tento conviver, procuro uma forma de ser assim sem que eu me anule ou seja execrada por completo.
Tento ainda conseguir conviver em sociedade.
Coisa que, muitas vezes eu penso
"Caralho .. por que eu me mantenho calada, ou ás vezes até falo meias palavras? Só por que isso gera aceitação?
Eu não devo precisar dessa merda que pesa mais como hipocrisia do que qualquer outra coisa”.
[nota: quando eu digo aceitação, quero me referir a não se presa ou apanhar].
Ou penso:
"Velho, eu to cada vez mais cansada, enjoada e triste. Temo a chegar a hora em que eu mandar uma por uma das pessoas a puta que pariu. Temo e anseio a hora em que eu enquadrar alguém, e dizer o que eu penso e guardo por tanto tempo .. aí vai feder de verdade. Aí vão poder, com razão, dizer que eu enlouqueci".
Acho que estou na fase de aceitação pessoal do futuro dane-se.
Acho que estou na fase de reunir forças pra surtar, quebrar tudo, virar as costas, parar de dar importância pro que não me dá de volta, e ir viver.
[escrevi como um vazamento de torneira, sem rumo, tudo de uma vez, bagunçado, e que cessa do nada ..
mas, quando a gente está voltando, é assim mesmo .. o sentir pula na frente das palavras e o texto fica chato mesmo ..]
Como não dá pra vomitar na cara das pessoas, ou por que elas estão longe, ou por que são muitas, ou por que aturar Zé moralzinha depois é foda, enfim, dane-se o motivo, me surge a vontade vomitar tudo aqui.
Aliás, notei que o fato não é que parei de escrever, mas sim por que as coisas que tenho escrito são pessoais e diretas demais.
Tem bastante coisa que se eu publicar, vai na bagagem partes de mim impublicáveis ou acabo por agredir algumas pessoas.
Quando eu era mais nova me perguntava, mesmo sabendo que a resposta é não, se esse lance de escrever coisas que tem de serem mantidas em quietas, era uma fase.
Fase o cacete, eu sou assim.
Aliás, acho que eu sou assim no geral.
Meio impublicável ..
Mas como eu sou um ser humano, que tem voz própria e falante, vivo arranjando confusão.
[Nota: analisando pelo raciocínio da maioria das pessoas, só falta eu começar a publicar as intempéries, daí fodeu de vez, interna].
Agora passei dessa fase de achar que isso é temporário, e tento conviver, procuro uma forma de ser assim sem que eu me anule ou seja execrada por completo.
Tento ainda conseguir conviver em sociedade.
Coisa que, muitas vezes eu penso
"Caralho .. por que eu me mantenho calada, ou ás vezes até falo meias palavras? Só por que isso gera aceitação?
Eu não devo precisar dessa merda que pesa mais como hipocrisia do que qualquer outra coisa”.
[nota: quando eu digo aceitação, quero me referir a não se presa ou apanhar].
Ou penso:
"Velho, eu to cada vez mais cansada, enjoada e triste. Temo a chegar a hora em que eu mandar uma por uma das pessoas a puta que pariu. Temo e anseio a hora em que eu enquadrar alguém, e dizer o que eu penso e guardo por tanto tempo .. aí vai feder de verdade. Aí vão poder, com razão, dizer que eu enlouqueci".
Acho que estou na fase de aceitação pessoal do futuro dane-se.
Acho que estou na fase de reunir forças pra surtar, quebrar tudo, virar as costas, parar de dar importância pro que não me dá de volta, e ir viver.
[escrevi como um vazamento de torneira, sem rumo, tudo de uma vez, bagunçado, e que cessa do nada ..
mas, quando a gente está voltando, é assim mesmo .. o sentir pula na frente das palavras e o texto fica chato mesmo ..]
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[calor][dor][odor]
[fedor][calor][dor]
[raiva][palpável]
[tontura][impaciência]
[inconformação]
[raiva][palpável]
[tristeza]
[solidão]
[vazio]
[cansaço][..][agudo]
[cansaço]
[mental]
[físico]
[cansaço][total]
[..]
[olhar][baixo]
[fedor][calor][dor]
[raiva][palpável]
[tontura][impaciência]
[inconformação]
[raiva][palpável]
[tristeza]
[solidão]
[vazio]
[cansaço][..][agudo]
[cansaço]
[mental]
[físico]
[cansaço][total]
[..]
[olhar][baixo]
.
Hoje pensei em uma coisa.
Não sei o que é mais tenso: parar de fumar ou tpm.
Mas aí logo depois veio uma coisa na cabeça:
"Junta as duas coisas e cria-se o insuportável".
É.
Não sei o que é mais tenso: parar de fumar ou tpm.
Mas aí logo depois veio uma coisa na cabeça:
"Junta as duas coisas e cria-se o insuportável".
É.
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